Brasil reduz volume de importação de placas solares no 1º bimestre

Reforma no mercado de energia da China deverá impactar exportações de painéis fotovoltaicos no primeiro semestre de 2025

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O volume de importações de placas solares chinesas caiu 24% no Brasil no primeiro bimestre de 2025, na comparação com o mesmo período do ano passado, mostra levantamento da InfoLink Consulting. O país teve entrada de 3,74 GW em equipamentos, contra 4,93 GW nos primeiros dois meses de 2024.

Ainda assim, o mercado brasileiro foi o principal comprador das Américas de painéis fotovoltaicos da China, representando 57% do total regional, seguido pelo Chile, com 0,83 GW e uma participação de 14%.

O Brasil ainda foi o quarto principal destino de módulos fotovoltaicos chineses, ficando atrás da Índia, Holanda e Paquistão. Portugal ficou na quinta colocação e o cinco países somaram 50% do total global no período.

Mudanças no mercado chinês

Conforme a InfoLink, a China exportou 38,52 GW de painéis solares no primeiro bimestre, queda de 11% em relação ao igual intervalo de 2024, quando o volume de embarques foi de 43,11 GW. Foram registradas redução anual de vendas para a Europa, Ásia-Pacífico, Américas e Oriente Médio. O único mercado regional a obter crescimento no período foi a África.

A análise indica que os fabricantes chineses de módulos fotovoltaicos ajustaram suas estratégias após o governo do país asiático ter anunciado que mudanças nos mecanismos de preços de energia renovável serão implementadas em junho, reduzindo subsídios e seguindo para uma dinâmica orientada para o mercado.

As empresas estão mais focadas na demanda doméstica e atrasando pedidos internacionais com preços baixos. Como resultado, as principais marcas destinaram de 40% a 45% dos volumes do primeiro trimestre para o mercado chinês, reduzindo a disponibilidade para vendas externas.

As exportações devem seguir em queda em março e abril, enfraquecendo o comércio global no primeiro semestre de 2025. A InfoLink prevê que isso causará um breve aumento de preços dos painéis solares, subindo de US$ 0,08/W e US$ 0,085/W para US$ 0,085/W e US$ 0,09/W em algumas regiões.

A expectativa é de que a oferta para o mercado internacional seja normalizada no segundo semestre e os preços dos módulos fotovoltaicos retomem gradualmente a tendência de queda.

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Ricardo Casarin

Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.

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