Energia solar no agronegócio: solução para reduzir custos e ganhar competitividade
Com este artigo, você vai entender como funciona o sistema de energia solar para o agronegócio, quais suas vantagens e se investir nessa tecnologia é a melhor solução para você e seus negócios.
Acompanhe!
Crescimento da energia solar no agronegócio brasileiro
Atualmente, o Brasil conta com mais de 64 mil sistemas de energia solar rural instalados, totalizando mais de 1,2 gigawatt (GW) de potência instalada.
O segmento rural é o terceiro com maior número de conexões e potência instalada, depois das instalações de energia solar fotovoltaica residencial e comercial.
Os números crescem muito a cada ano. Em 2020, o país registrava 29.334 sistemas de energia solar rural instalados, número que pulou para 61.294 no final de 2021.
Desde 2012, já foram investidos cerca de R$ 3,4 bilhões em energia solar no agronegócio; e, hoje em dia, o setor rural responde por 13,1% de toda a potência solar distribuída instalada no país.
Segundo estimativa da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), até 2050 a geração distribuída pode trazer R$ 140 bilhões em novos investimentos ao país e reduzir em R$ 150 bilhões os custos com as termelétricas.
Com os contínuos aumentos na conta de luz e os ganhos de rentabilidade dos sistemas fotovoltaicos, as expectativas em relação à energia solar rural para os próximos anos são bem altas.
O agronegócio tem muito a se beneficiar com a energia solar, existem vários segmentos e atividades que podem reduzir drasticamente o gasto com a conta de energia elétrica por meio de um sistema fotovoltaico, como a produção leiteira, a avicultura, a irrigação, o bombeamento de água, entre outros.
Como funcionam os sistemas de energia solar para o agronegócio
Existem dois tipos de sistemas de energia solar: o on grid, conectado à rede da distribuidora, e o off grid, isolado da rede. Nos dois, a energia solar é captada pelos módulos solares e convertida de corrente contínua para corrente alternada – padrão da rede elétrica – por um aparelho chamado inversor solar. Vamos entender mais sobre eles:
Sistemas fotovoltaicos isolados da rede (off grid)
O sistema fotovoltaico off grid não é conectado à rede de distribuição. No lugar disso, ele faz uso de baterias. A energia excedente gerada pelos painéis solares é armazenada para poder ser utilizada em outro momento (como à noite, quando não há luz solar).
As baterias são caras, tornando o sistema off grid pouco acessível. Além disso, ele necessita de manutenção mais frequente. É recomendado apenas para lugares nos quais não há rede de distribuição local.
Sistemas fotovoltaicos conectados à rede (on grid)
No sistema on grid, seu sistema fotovoltaico é conectado com a rede da distribuidora local. Isso torna possível a transferência de energia excedente gerada para a rede local, que é restituída em forma de créditos energéticos para compensar na sua conta de luz os momentos em que for necessário consumir a energia da rede, pois não há irradiação solar, por exemplo.
Os sistemas on grid são os mais populares, exigem pouquíssima manutenção e costumam ser recomendados para lugares onde há rede de distribuição local.
Geração distribuída: regras e possibilidades da geração de energia solar
No dia 17 de abril de 2012, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) promulgou a Resolução Normativa (RN) 482, que trazia regras sobre a geração distribuída.
Geração distribuída é a geração descentralizada, na qual os sistemas geradores ficam próximos à unidade consumidora (como sua casa) e conectados à rede de distribuição.
Com a RN 482, foi criado o sistema de compensação de energia. A partir dele, a energia excedente gerada por sistemas on grid é injetada na rede e “emprestada” à distribuidora, que a devolve em forma de créditos energéticos abatidos da sua conta de energia.
Em momentos com pouca irradiação solar, deve-se utilizar a rede de distribuição. Então, os créditos energéticos são como uma moeda de troca: você produz mais energia que consome durante o dia e injeta na rede, gerando créditos para abater o que consumir da distribuidora depois.
Os créditos também podem ser compensados por outro imóvel, ou seja, diferente do que produziu a energia. Para isso, eles precisam estar dentro da mesma distribuidora e com a mesma titularidade da unidade em que os créditos foram gerados.
A resolução também definiu o que é microgeração distribuída (centrais geradoras de energia conectadas à rede com potência instalada menor que 75 kW) e minigeração distribuída (potência superior a 75 kW e menor que 5 MW) e a taxa mínima cobrada para cada um – que é o custo de disponibilidade do sistema para consumidores conectados à rede.
No dia 24 de novembro de 2015, foi feita uma nova Resolução Normativa, a n.º 687. Nessa nova resolução, o destaque é para as três novas modalidades de geração distribuída, que são:
Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras
Ocorre quando moradores de um condomínio se reúnem para compartilhar a geração de energia solar. Para isso, é instalado um sistema central, no qual a energia gerada é injetada na rede para que os créditos energéticos sejam redistribuídos entre os participantes e para as partes comuns do condomínio.
Para essa modalidade, as unidades consumidoras precisam estar localizadas na mesma propriedade.
Geração compartilhada
Nessa modalidade os consumidores se unem para compartilhar energia solar, e não precisam residir no mesmo espaço.
A propriedade que gera a energia pode ser um terreno ou um sítio e deve ser diferente do local onde os consumidores residem, e todos devem pertencer à mesma rede de distribuição.
Assim como na modalidade anterior, a energia é gerada, injetada na rede e se transforma em créditos energéticos a serem divididos entre os participantes.
Autoconsumo remoto
Essa modalidade talvez seja a mais interessante para os interessados em energia solar para agronegócios.
Nela, é possível gerar energia em um local e utilizar os créditos energéticos também em outras propriedades com a mesma titularidade – desde que dentro da mesma rede de distribuição.
Isso torna possível instalar um sistema fotovoltaico em sua propriedade rural e abater a conta de energia em sua casa na cidade, por exemplo.
Kit de energia solar para agronegócios
O kit de energia solar para agronegócios é um kit solar adaptado para um ambiente rural.
Um kit solar é composto pelos componentes que tornam possível a instalação de um sistema solar fotovoltaico.
Iremos entender mais sobre eles logo abaixo:
Painel solar fotovoltaico
Um painel solar é o conjunto de placas solares. São os painéis solares que vemos em cima das casas que possuem um sistema fotovoltaico instalado. As placas solares são feitas a partir de células fotovoltaicas agrupadas em série, as células são feitas de materiais semicondutores, que recebem a irradiação solar e transformam-na em energia elétrica.
Inversor solar
A energia gerada pelos painéis solares chega em forma de corrente contínua. É papel do inversor convertê-la em corrente alternada, que é o padrão adotado na rede elétrica do Brasil. O inversor também tem o papel de direcionar a energia – seja para a rede de distribuição, para os sistemas on grid, ou para as baterias, para os sistemas off grid.
String box
É semelhante àquela caixinha que costuma ter nas casas para desligar a energia elétrica, porém adaptada a um sistema solar fotovoltaico. Nela você pode desligar e ligar o sistema, além de conter os fusíveis e dispositivos de proteção contra variações elétricas.
Estrutura de suporte para as placas solares
É um componente importante. São as estruturas onde as placas solares serão fixadas, podendo estar no telhado ou no solo.
Cabos e conectores
O grupo de cabos utilizados para fazer a ligação entre os componentes do sistema.
Banco de baterias (sistemas off)
O sistema fotovoltaico só gera energia quando há irradiação solar. O banco de baterias serve para armazenar essa energia para ser utilizada quando não há presença de sol, como durante a noite ou em dias nublados, em que a geração é mais fraca. As baterias são parte apenas dos kits off grid, que não são conectados à rede.
Controlador de carga (sistemas off)
Também é um componente dos sistemas off grid. É o equipamento que gerencia o carregamento das baterias, alimentando-as de forma que preserve sua vida útil e não ocorram desperdícios.
Quer saber quanto custa para instalar energia solar?
Aplicações dos geradores solares em agronegócios
Já falamos que o crescimento de instalações de sistemas solares fotovoltaicos para agronegócios é gigante. Um dos motivos é que a área rural é muito propícia para instalações de sistemas solares, pois são espaços amplos e com boa incidência solar.
A energia solar em agronegócios também é um bom negócio devido às suas aplicações. Existem diversas atividades próprias do ambiente rural que podem se beneficiar muito com a ajuda de um sistema solar, por exemplo:
Irrigação
A irrigação é essencial para a agricultura e feita por meio de pivôs que precisam de energia elétrica em bastante quantidade para funcionar. A irrigação precisa ser constante, bem-planejada e com horários específicos.
Proteção
Cercas elétricas para proteção do gado também demandam energia elétrica.
Iluminação
Os campos precisam estar bem iluminados durante a noite. O que seria um bom uso dos créditos energéticos, caso o sistema seja on grid, ou da energia armazenada em baterias, para sistemas off grid.
Ordenha
Em grandes fazendas, a ordenha é feita por uma ordenhadeira mecânica. Uma máquina movida a energia elétrica e que poderia se beneficiar de um sistema solar.
Refrigeração
São necessários grandes refrigeradores para garantir a qualidade dos alimentos produzidos. Para isso, uma boa quantidade de energia elétrica é necessária.
Vantagens da energia solar para o seu agronegócio
Já vimos que o ambiente rural pode ser favorecido pela energia solar em razão de vários fatores. Vamos saber mais sobre eles:
Redução dos custos
O primeiro motivo que faz qualquer um cogitar energia solar: a economia que ela traz. As despesas com energia elétrica irão cair de forma surpreendente com a instalação de um sistema solar fotovoltaico rural. Os custos com energia podem ser reduzidos em até 95%, sendo paga apenas a taxa pela ligação com a distribuidora.
Imunidade contra a inflação energética
A conta de energia elétrica costuma aumentar constantemente. Na área rural, isso pode ser ainda pior, ultrapassando o valor da inflação. A solução para isso é a instalação de sistemas solares, com isso a conta de energia se mantém baixa e estável, e você não precisa lidar com aumentos inflacionários.
Rápido retorno do investimento (payback)
O retorno do investimento é muito rápido. Entre 4 e 7 anos o valor investido retorna em forma de economia com energia.
Longa vida útil
Um sistema fotovoltaico tem vida útil de no mínimo 25 anos.
Pouca manutenção
A necessidade de manutenção é mínima. A limpeza dos painéis solares pode ser feita pela própria chuva.
Sustentabilidade e marketing verde
Hoje em dia, soluções ambientalmente corretas são um ótimo ponto a favor de negócios e empresas. Um sistema fotovoltaico é uma solução que não emite poluentes e uma ótima notícia para investidores ou clientes em potencial.
Linhas de financiamento
Existem diversas linhas de financiamento especializadas em projetos de energia fotovoltaica, o que torna o investimento ainda mais interessante.
Muitos bancos oferecem linhas de crédito exclusivas para esse fim, visto que, sendo uma energia limpa, é um projeto que beneficia a todos.
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