Absolar destaca competitividade da fonte solar no Leilão A-5

Foram arrematadas 20 usinas, localizadas nas regiões Nordeste e Sudeste, totalizando 236,40 MW de potência e mais de R$ 900 milhões em investimentos até 2026

ABSOLAR DESTACA COMPETITIVIDADE DA FONTE SOLAR NO LEILÃO A-5
Foto: Banco de imagem

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) avalia que, embora o leilão de energia nova A-5 realizado ontem (30/09) tenha aumentado a contratação das fontes renováveis, o volume arrematado de térmicas mais caras foi maior, trazendo um sinal de alerta para o impacto nas tarifas no futuro. 

O certame resultou na contratação de 40 empreendimentos, entre usinas fotovoltaicas, eólicas, térmicas e hidrelétricas, viabilizando pouco mais R$ 3 bilhões em novos investimentos. O preço médio foi de R$ 238,37/MWh, com deságio de 17,48%, o que representou uma economia de R$ 1,26 bilhão para os consumidores de energia.

Com um deságio de 12,63% em relação ao preço inicial de R$ 191,00/MWh, a fonte solar atingiu um preço médio de venda de energia elétrica de R$ 166,89/MWh, o mais baixo do leilão.

Leia mais: Leilão A-5 tem baixa contratação, mas viabiliza R$ 3 bilhões em investimentos

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Foram arrematadas 20 usinas, localizadas nas regiões Nordeste e Sudeste, totalizando 236,40 MW de potência e mais de R$ 900 milhões em investimentos até 2026.

O presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, entende que os resultados reforçam a competitividade da fonte solar fotovoltaica. “O volume contratado foi, contudo, muito baixo em comparação com o número elevadíssimo de projetos participantes do leilão”, disse o executivo.

Leia mais: Leilão A-5 deverá ter baixa contratação de energia, apontam consultorias

“Isso ocasionou uma alta competição entre os empreendedores, produzindo preços-médios abaixo da referência para a fonte solar fotovoltaica no Brasil, o que demonstra uma alta capacidade competitiva da fonte, mesmo em momentos de turbulência macroeconômica”, comentou o dirigente.

Ele destacou que setor solar ofertou mais de 800 projetos, porém o volume muito pequeno contratado desapontou o mercado e os investidores. “Perde-se a oportunidade de dar um sinal claro à sociedade de expansão das renováveis no País", disse Sauaia. 

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Ricardo Casarin

Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.

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