Agência Internacional de Energia defende fontes renováveis como parte dos planos contra crise do coronavírus

Dirigente da entidade aponta que a crise não pode comprometer os esforços para reduzir emissões de CO2 e combater as mudanças climáticas

AGÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA DEFENDE FONTES RENOVÁVEIS COMO PARTE DOS PLANOS CONTRA CRISE DO CORONAVÍRUS
Divulgação

A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) defende que planos de estímulos para conter os efeitos econômicos da crise do coronavírus incluam iniciativas de segurança e sustentabilidade energética por meio de fontes renováveis. “O impacto do coronavírus ao redor do mundo e a instabilidade econômica resultante estão dominando as atenções. Ao responder a essas crises interligadas, os governos não devem perder de vista o maior desafio de nossa era: a transição para energia limpa”, afirmou o diretor executivo da entidade, Faith Birol.

Em artigo publicado no site da IEA, o dirigente aponta que a crise não pode comprometer os esforços para reduzir emissões de CO2 e combater as mudanças climáticas. “Investimento em larga escala para impulsionar o desenvolvimento, implementação e integração de tecnologias de energia limpa, como solar, eólica, hidrogênio, baterias e captura de carbono, devem ser parte central de planos dos governos. Isso permitirá tanto o benefício de estimular a economia quanto de acelerar a transição da matriz.”

Birol argumenta que o progresso alcançado na transformação da infraestrutura energética dos países não será temporário e poderá fazer a diferença para o futuro do planeta. “Os custos de fontes renováveis, como solar e eólica, estão bem menores do que em momentos anteriores em que pacotes de estímulos foram lançados. E essas tecnologias estão em condições bem melhores de desenvolvimento atualmente. Os governos podem tornar a energia limpa mais atraente para investidores oferecendo garantias e contratos para reduzir os custos financeiros.”

O dirigente alerta que a forte queda de preços no mercado de petróleo oferece riscos para as políticas de transição energética. “Sem iniciativas governamentais, a energia mais barata sempre levará ao consumo menos eficiente. O cenário atual é uma excelente oportunidade de reduzir ou remover subsídios para combustíveis fósseis, que, mundialmente, totalizam cerca de US$ 400 bilhões.”

Birol também expressa preocupação com os efeitos do coronavírus na indústria chinesa de energia solar, a maior do mundo. “A economia da China foi severamente prejudicada em meio aos esforços de conter o vírus, causando potenciais gargalos para o suprimento de componentes e tecnologias. Por isso, é necessário que governos mantenham a transição para energia limpa como prioridade na resposta à crise atual. É uma oportunidade histórica de destinar recursos em um caminho mais sustentável.”

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Ricardo Casarin

Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.

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